Ficha de leitura : Codex 632

Ficha de Leitura

Escola: EB2,3/S de Celorico de Basto

Nome: Ana Rita Cerqueira Fontes

Ano: 10º Turma: A Número: 3

Ano Lectivo: 2010/2011

Disciplina: Português

Docente: Paula Quintela

Título do Livro: O Codex 632

Autor: José Rodrigues dos Santos

Género: Romance

Editora: Gradiva

Resumo:

Tomás Noronha é professor de História na Universidade Nova de Lisboa, perito em criptanálise e línguas antigas. Casado com Constança, professora de Artes Visuais no ensino secundário com a qual tem uma filha, a Margarida de nove anos que nasceu com trissomia 21.

O casal enfrenta algumas dificuldades económicas, pois o problema de saúde da sua filha faz com que esta necessite de inúmeros apoios especiais bastante dispendiosos.

Como habitual, Tomás saiu de casa, de manhã, com Margarida e levou-a à escola, seguindo para a Universidade, para dar a sua primeira aula do dia. Já na sala, esperou que todos os alunos chegassem. Estava já a iniciar a matéria, quando uma nova aluna entrou. Era loira e tinha um corpo voluptuoso, atraindo, assim, bastante o professor que teve de se esforçar para desviar o seu olhar da rapariga. No fim da aula, ela dirigiu-se-lhe, apresentando-se, ficaram um pouco à conversa e Tomás soube que ela se chamava Lena, era de origem sueca e tinha chegado a Portugal pelo programa Erasmus.

Mais tarde, já em casa, recebeu um telefonema da American History Foundation, uma organização que investiga a história do continente americano, a convidá-lo para uma reunião em Nova Iorque. No dia marcado, dirigiu-se a Nova Iorque para estar presente na reunião, na qual lhe foi feita uma proposta. Tomás teria de desvendar, em dois meses, a investigação do professor Toscano que havia falecido sem comunicar as suas descobertas. Se conseguisse realizar este trabalho, pagar-lhe-iam dois mil dólares por semana e ainda um prémio de meio milhão de dólares.

Como possuía algumas dificuldades, o professor Noronha aceitou a proposta, tendo começado de imediato a trabalhar, viajando para o Rio de Janeiro, onde o professor Toscano falecera.

O tempo foi passando e seguindo as pistas e enigmas deixados por Toscano, viajando sempre que necessário e fazendo relatórios pormenorizados sobre as suas descobertas a Moliarti, o seu contacto dentro da fundação, Tomás foi restituindo toda a investigação, enquanto os problemas de saúde da sua filha aumentavam e mantinha um caso com a sua aluna Lena que o seduzira.

No decorrer da investigação, vê-se obrigado a visitar a viúva de Toscano, para ter acesso a mais material, omitindo-lhe que trabalha para a fundação Americana, da qual a senhora não gostava, passou a ser visita habitual, tendo descoberto um cofre onde se encontrava a prova final.

Para descobrir o código que abria o cofre, necessitou de consultar vários livros e documentos e também de realizar algumas viagens, foi, deste modo, desenvolvendo o seu conhecimento sobre o tema da investigação e enriquecendo a mesma.

Durante este processo, chegou à conclusão que não era correcto continuar a enganar a mulher e a filha e deixou Lena, partindo logo de seguida para mais uma das suas viagens.

Quando regressou, a casa encontrava-se vazia e repleta de rosas amarelas. Esperou que a mulher e a filha regressassem mas isso não aconteceu, tentou ligar-lhe e ninguém atendeu. Resolveu então ver qual o significado de todas aquelas rosas amarelas, infidelidade. Constança tinha descoberto. Quando ela finalmente telefonou, tentou fazer-se despercebido, mas a situação estava fora do seu controlo, a mulher sabia de tudo, só lhe faltava perceber como isso acontecera.

Sozinho, concentrou todas as suas atenções na investigação, descobrindo, finalmente, o código, MARRANO.

Dentro do cofre estavam três folhas. As duas primeiras páginas eram fotocópias de um documento quinhentista, A Crónica de D. João II, de Ruy de Pina, documento esse que Tomás já conhecia e que ia contra toda a investigação realizada pelo professor Toscano. Observando o documento com mais atenção, reparou num apontamento “Codex 632” que deveria servir para efeitos de consulta. Na outra página estava escrito o nome “Conde João Nuno de Vilarigues” e o respectivo número de telefone, que Madalena Toscano disse ter sido utilizado muitas vezes pelo marido.

O professor Noronha contactou o Conde e marcou um encontro com o mesmo, durante o qual João Vilarigues confirmou as descobertas feitas no decorrer da investigação, acrescentando alguns pormenores e esclarecendo aspectos, levando Tomás a descobrir onde se encontrava a prova final.

Depois da reunião, dirigiu-se à Biblioteca Nacional, em Lisboa, onde estava guardado o Codex 632, uma das cópias da Crónicas de D. João II, que representava a prova final. Consultou a obra e encontrou a rasura que escondia o segredo, tentou decifrar o que ela escondia mas era impossível. Finalmente, decidiu que teria de consultar um perito, entregou o livro e estava a dirigir-se para a saída, quando a funcionária do balcão comentou que aquele livro andava com bastante procura e que até tinham pedido uma imagem de raio-X à parte que ele consultara, quando ela referiu o professor Toscano, Tomás entusiasmou-se e pediu para o ver. Ali estava o segredo escondido durante cinco séculos.

Marcou uma reunião com Moliarti para lhe comunicar que tinha chegado ao fim da investigação, tinha desvendado o segredo. Cristóvão Colombo era um fidalgo português, de origem italiana e portuguesa, judeu, que nascera na vila de cuba e que trabalhou secretamente para o rei D. João II, ajudando-a a iludir os reis de Espanha, fazendo-os crer que a América correspondia à Ásia.

Após ter conhecimento de todos os pormenores, Moliarti anunciou que iria contactar os dirigentes da American History Foundation e exigiu ficar com todas as provas.

Passados quatro dias, voltaram a encontrar-se e Moliarti disse a Tomás que se não aceitasse manter todas as descobertas confidenciais não teria direito ao pagamento e poderia acontecer alguma coisa à sua família. Este, surpreendido, perguntou qual o motivo de tão estranha decisão e Moliarti confessou-lhe que a fundação era financiada por genoveses que tinham muito orgulho em ter nascido na mesma cidade que o descobridor da América e, por isso, não iriam publicar esta importante descoberta.

Tomás, indignado, abandonou o local e recebeu uma chamada da Constança a dizer que tinham de ir ao hospital por causa da Margarida. Chegaram ao hospital e foram ter com o doutor Oliveira que os informou que a Margarida tinha leucemia aguda e que eles tinham de ir buscá-la imediatamente à escola para ser internada no IPO. Ao fim de algum tempo, o tratamento começou a fazer efeito, mas a única cura era um transplante de medula óssea que só poderia ser feito numa clínica em Londres e seria bastante dispendioso. Tomás viu-se obrigado a aceitar a proposta de Moliarti e, em troca da sua confidencialidade, recebeu o pagamento.

Logo que pôde, o casal levou a filha para a clínica, onde esta foi operada. Margarida estava a recuperar bem, mas foi infectada por uma bactéria e como estava sem defesas, devido ao transplante de medula óssea, faleceu.

Com a morte da filha, Tomás entrou em desespero e ficou obcecado em arranjar forma de contar a descoberta do professor Toscano. Foi assim que se lembrou de contar a história em forma de romance.

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