O poeta sueco mais traduzido em todo o mundo (em 30 línguas), Tranströmer começou a publicar poesia aos 23 anos e o seu primeiro livro intitulava-se “17 dikter” (“17 Poemas”). Em Portugal, Tomas Tranströmer está representado na coletânea “21 poetas suecos”, editada pela Vega, em 1981.
Poeta cantou Lisboa
No livro “21 poetas suecos”, publicado em 1981 pela editora Vega, uma obra organizada por Vasco Graça Moura e Ana Hatherly, surge o poema “Lisboa”, onde o poeta sueco destaca elementos típicos das zonas históricas da capital portuguesa.
“No bairro de Alfama
os elétricos amarelos cantavam nas calçadas íngremes
Havia lá duas cadeias.
Uma era para ladrões/
Acenavam através das grades/
Gritavam que lhes tirassem o retrato”, escreveu Tomas Tranströmer.
“Mas aqui´, (disse o condutor e riu à socapa como se cortado ao meio)
aqui estão políticos’.
Vi a fachada, a fachada, a fachada …
e lá no cimo um homem à janela
tinha um ócul
o e olhava para o mar”, (relata o laureado com o Nobel da Literatura 2011.)
“Roupa branca no azul.
Os muros quentes
As moscas liam cartas microscópicas
Seis anos mais tarde perguntei a uma senhora de Lisboa
“será verdade ou só um sonho meu?´”. (finaliza o poeta sobre a cidade junto ao Tejo.)
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