ser MULHER e poetisa
Nesta mensagem ficam os nomes de algumas das grandes poetisas portuguesas
Sofia de Melo Breyner Andresen(Porto, 6 de Novembro de 1919 — Lisboa, 2 de Julho de 2004) foi uma das mais importantes poetisas portuguesas do século XX.
Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1999.
Escritora portuguesa, natural de Vila Meã, Amarante, descendente de uma família de raízes rurais de Entre Douro e Minho e de uma família espanhola de Zamora, por parte da mãe. Fixou-se no Porto. Estreou-se, em 1948, com a novela Mundo Fechado. Tem-se dedicado quase inteiramente à criação literária.
Figura proeminente da cultura portuguesa da segunda metade do século XX, notabilizou-se como poetisa e como política, tendo sido eleita deputada pelo Partido Socialista.
Aqui deixo dois poemas. O primeiro escrito por Aníbal Albuquerque ( escritor brasileiro) e o segundo por uma grande poetisa portuguesa.
O poema
é como um corpo
de mulher.
Há-de ser suave,
leve, belo.
Há-de possuir
pontos sensíveis,
em que um simples toque
o faça vibrar.
Há-de ser forte
e delicado,
flexível,
mas inquebrável.
Para alguns é impenetrável.
Para alguém especial,
é aberto, transparente, claro.
Eu...
Florbela Espanca
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber por quê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
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