Dizemos «Sophia» como se esta palavra fosse sinónimo absoluto de poesia.
Dizemos «Sophia» e a nossa memória enche-se do som que as palavras têm.
Dizemos «Sophia» e de repente o ar é límpido, as águas transparentes, há sempre uma casa na falésia e o sol faz rebentar o calor na cal das paredes.
Dizemos «Sophia» e todas as flores e todos os peixes têm nome, e as crianças tornam-se mais ricas quando os encontram.
Dizemos «Sophia» e não precisamos de dizer mais nada.
Alice Vieira
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