Visita do escritor Rui Sousa Basto
No passado dia 15, os alunos dos 9º e 10º anos estiveram à conversa com o autor de "Contos do Efémero", no Auditório Municipal. Rui Sousa Basto explicou que as suas histórias são influenciadas pelo seu quotidiano e pelos comportamentos que observa nas pessoas.
Um agradecimento especial ao escritor Rui Sousa Basto, e a todos os professores que acompanharam os alunos e os prepararam para este encontro.
O nosso muito obrigado à Biblioteca Municipal, assim como, à editora Opera Omnia que nos possibilitou este encontro de promoção da leitura.
Não se esqueçam a nossa Feira está quase a chegar...
Feira das Colheitas
A Feira das Colheitas decorrerá no próximo dia 17 de dezembro, último dia de aulas, a partir das 14h00. Trata-se de uma atividade que deve contar com a participação de toda a comunidade escolar para que o seu sucesso permita a sua realização nos próximos anos. Nesse dia, a parte da manhã será ocupada na preparação da Feira, assim como por outras atividades.
Os alunos deverão trazer produtos para vender no dia e os pais e familiares deverão participar no papel de clientes. O dinheiro que se reunir será utilizado na dinamização de outras atividades letivas/escolares.
Não deixes de participar!
Convida os teus familiares e amigos!
A colaboração de todos fará desta atividade um sucesso!
Professor Luís Borges, diretor de turma e elemento da equipa da biblioteca escolar
Miguel Torga - Natal
Se queres ler os contos da montanha tens aqui a informação:
https://cld.pt/dl/download/372f3a9a-5a3d-4770-a31b-b677ef652e44/Miguel%20Torga%20-%20Contos%20da%20montanha.pdf?public=372f3a9a-5a3d-4770-a31b-b677ef652e44
O "Natal" de Miguel Torga
Natal
De sacola e bordão, o velho Garrinchas fazia os possíveis por se aproximar da terra.
A necessidade levara -o longe de mais. Pedir é um triste ofício, e pedir em Lourosa, pior.
Ninguém dá nada. Tenha paciência, Deus o favoreça, hoje não pode ser e beba um desgraçado água dos ribeiros e coma pedras! Por isso, que remédio senão alargar os
horizontes, e estender a mão à caridade de gente desconhecida, que ao menos se envergonhasse de negar uma côdea a um homem a meio do padre- nosso. Sim, rezava quando batia a qualquer porta. Gostavam... Lá se tinha fé na oração, isso era outra conversa. As boas acções é que nos salvam. Não se entra no céu com ladainhas, tirassem daí o sentido. A coisa fia mais fino! Mas, enfim... Segue-se que só dando ao canelo por muito largo conseguia viver.
E ali vinha de mais uma dessas romarias, bem escusadas se o mundo fosse doutra maneira. Muito embora trouxesse dez réis no bolso e o bornal cheio, o certo é que já lhe
custava arrastar as pernas. Derreadinho! Podia, realmente, ter ficado em Loivos. Dormia, e no dia seguinte, de manhãzinha, punha-se a caminho. Mas quê! Metera-se-lhe em cabeça consoar à manjedoira nativa... E a verdade é que nem casa nem família o esperavam. Todo o calor possível seria o do forno do povo, permanentemente escancarado à pobreza. Em todo o caso sempre era passar a noite santa debaixo de telhas conhecidas, na modorra dum borralho de estevas e giestas familiares, a respirar o perfume a pão fresco da última cozedura... Essa regalia ao menos dava-a Lourosa aos desamparados. Encher-lhes a barriga,
não. Agora albergar o corpo e matar o sono naquele santuário colectivo da fome, podiam.
O problema estava em chegar lá. O raio da serra nunca mais acabava, e sentia-se cansado.
Setenta e cinco anos., parecendo que não, são um grande carrego. Ainda por cima atrasara-se na jornada em Feitais. Dera uma volta ao lugarejo, as bichas pegaram, a coisa começou a render, e esqueceu-se das horas. Quando foi a dar conta, passava das quatro. E, como anoitecia cedo, não havia outro remédio senão ir agora a mata- cavalos, a correr contra o tempo e contra a idade, com o coração a refilar. Aflito, batia-lhe na taipa do peito, a pedir misericórdia. Tivesse paciência. O remédio era andar para diante. E o pior de tudo é que começava a nevar! Pela amostra, parecia coisa ligeira. Mas vamos ao caso que pegasse a valer? Bem, um pobre já está acostumado a quantas tropelias a sorte quer. Ele então, se 58 fosse a queixar-se! Cada desconsideração do destino! Valia-lhe o bom feitio. Viesse o que viesse, recebia tudo com a mesma cara. Aborrecer-se para quê?! Não lucrava nada!
Chamavam-lhe filósofo... Areias, queriam dizer. Importava-lhe lá.
E caía, o algodão em ramal Caía, sim senhor! Bonito! Felizmente que a Senhora dos
Prazeres ficava perto. Se a brincadeira continuasse, olha, dormia no cabido! O que é, sendo
assim, adeus noite de Natal em Lourosa...
Apressou mais o passo, fez ouvidos de mercador à fadiga, e foi rompendo a chuva de pétalas. Rico panorama!
Com patorras de elefante e branco como um moleiro, ao cabo de meia hora de caminho chegou ao adro da ermida. À volta não se enxergava um palmo sequer de chão descoberto. Caiados, os penedos lembravam penitentes.
Não havia que ver: nem pensar noutro pouso. E dar graças!
Entrou no alpendre, encostou o pau à parede, arreou o alforge, sacudiu-se, e só então reparou que a porta da capela estava apenas encostada. Ou fora esquecimento ou alguma alma pecadora forçara a fechadura.
Vá lá! Do mal o menos. Em caso de necessidade, podia entrar e abrigar-se dentro.
Assunto a resolver na ocasião devida... Para já, a fogueira que ia fazer tinha de ser cá fora.
O diabo era arranjar lenha.
Saiu, apanhou um braçado de urgueiras, voltou, e tentou acendê-las. Mas estavam verdes e húmidas, e o lume, depois dum clarão animador, apagou-se.
Recomeçou três vezes, e três vezes o mesmo insucesso. Mau! Gastar os fósforos todos, é que não.
Num começo de angústia, porque o ar da montanha tolhia e começava a escurecer, lembrou-se de ir à sacristia ver se encontrava um bocado de papel.
Descobriu, realmente, um jornal a forrar um gavetão, e já mais sossegado, e também agradecido ao Céu por aquela ajuda, olhou o altar.
Quase invisível na penumbra, com o divino filho ao colo, a Mãe de Deus parecia sorrir-lhe.
-Boas festas!
-desejou
-lhe então, a sorrir também.
Contente daquela palavra que lhe saíra da boca sem saber como, voltou-se e deu com o andor da procissão arrumado a um canto. E teve outra ideia. Era um abuso, evidentemente, mas paciência. Lá morrer de frio, isso vírgula! Ia escavacar o arcanho.
O larila! Na altura da romaria que arranjassem um novo.
Daí a pouco, envolvido pela negrura da noite, o coberto, não desfazendo, desafiava
qualquer lareira afortunada. A madeira seca do palanquim ardia que regalava; só de se cheirar o naco de presunto que recebera em Carvas crescia água na boca; que mais faltava?
59
Enxuto e quente, o Garrinchas dispôs-se então a cear. Tirou a navalha do bolso, cortou um pedaço de broa e uma fatia de febra, e sentou-se. Mas antes da primeira bocada
a alma deu-lhe um rebate e, por descargo de consciência, ergueu-se e chegou-se à entrada da capela. O clarão do lume batia em cheio na talha dourada e enchia depois a casa toda.
- É servida? A Santa pareceu sorrir-lhe outra vez, e o menino também.
E o Garrinchas., diante daquele acolhimento cada vez mais cordial, não esteve com meias medidas: entrou, dirigiu-se ao altar, pegou na e trouxe-a para junto da fogueira.
Consoamos aqui os três -disse, com a pureza e a ironia dum patriarca.
-A senhora faz de quem é; o pequeno a mesma coisa; e eu, embora indigno, faço de S. José.
Dengaz - Eu Consigo feat. Agir
Esta música, (cuja poesia dos tempos modernos surge da voz destes artistas), com a qual muitos dos nossos alunos se identificam dá-nos a conhecer que conseguimos vencer...
basta lutar por aquilo que acreditamos.
Ela está presente no blogue bem como a poesia de outros tempos como Fernando Pessoa,Camões e outros.
Nós vamos desvendá-la.
As turmas do 3º ciclo visitaram a biblioteca escolar e aprenderam a vasculhar o nosso blogue...
Mas, também aprenderam a realizar pesquisas de catálogo.
Agradeço a todos os diretores de turma por participarem e motivarem os seus alunos para esta atividade.
Aprender de uma forma lúdica é mais divertido!
As turmas observaram como se pesquisa no blogue variados assuntos. |
As equipas realizaram as suas pesquisas no catálogo da Rede de Bibliotecas de Basto e Barroso. |
O nosso blogue é o ponto de partida. |
Fomos procurar no site do PNL os livros recomendados para o nosso ano letivo. |
O espaço escolar está embuído dos saberes e trabalhos criativos de todos.
Vivemos o Natal na nossa biblioteca escolar.
Dia mundial dos Direitos Humanos
"O Dia Internacional dos Direitos Humanos é celebrado anualmente a 10 de dezembro.
A data visa homenagear o empenho e dedicação de todos os cidadãos defensores dos direitos humanos e colocar um ponto final a todos os tipos de discriminação, promovendo a igualdade entre todos os cidadãos.
A celebração da data foi escolhida para honrar o dia em que a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou, a 10 de dezembro de 1948, a Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Esta declaração foi assinada por 58 estados e teve como objetivo promover a paz e a preservação da humanidade após os conflitos da 2ª Guerra Mundial que vitimaram milhões de pessoas."
Informação retirada de Calendarr Portugal
A data visa homenagear o empenho e dedicação de todos os cidadãos defensores dos direitos humanos e colocar um ponto final a todos os tipos de discriminação, promovendo a igualdade entre todos os cidadãos.
Esta declaração foi assinada por 58 estados e teve como objetivo promover a paz e a preservação da humanidade após os conflitos da 2ª Guerra Mundial que vitimaram milhões de pessoas."
Informação retirada de Calendarr Portugal
Não te esqueças de olhar e ver com atenção a exposição patente no átrio da tua Escola.
Conhece os Direitos.
A turma do 7º J esteve na biblioteca escolar Participamos num jogo em que tivemos que responder a diferentes
Unidos na diferença
A árvore cheia de magia chegou à Escola da Mota.
Hoje lembramos:uma atitude preventiva ajuda a conhecer os riscos
O que é a sida, como se transmite, como se pode prevenir e como se trata?
Clica no link e descobre:
http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/ministeriosaude/doencas/doencas+infecciosas/sida.htm
Sabias que:
"O número de mortes de adolescentes devido a Aids triplicou nos últimos 15 anos, segundo um relatório do Fundo da ONU para a Infância (Unicef), apresentado na quinta-feira (26) na África do Sul.
O documento, intitulado Atualização das Estatísticas sobre Crianças Adolescentes e Aids, diz que a doença é a "principal causa de morte de adolescentes na África e a segunda no mundo".
"Entre as populações afetadas pelo HIV, a faixa formada por adolescentes e a única na qual os números da mortalidade não estão diminuindo".
O relatório mostra também que a África Subsaariana é a "região com maior prevalência" e que as "jovens são de longe as mais afetadas, representando sete em cada dez novas infecções na faixa que têm entre 15 e 19 anos".
"É crucial que os jovens soropositivos tenham acesso a tratamento, cuidados e apoio", afirmou Craig McClure, responsável pelos programas globais da Unicef para HIV/Aids.
O levantamento indica que dos "2,6 milhões de crianças menores de 15 anos que vivem com HIV, apenas uma em cada três recebe tratamento".
As novas estatísticas demonstram que a maior parte dos adolescentes que morrem de doenças relacionadas com a Aids foram infectados há 10 ou 15 anos.
"Essas crianças sobreviveram até a adolescência, por vezes sem conhecer o seu estado em termos de HIV", diz o documento."
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